sexta-feira, 10 de abril de 2015

Fidelidade

Pensei na fidelidade...

Pensei na mulher mais bonita que poderia ter. Com o cabelo mais macio e brilhoso, com a pele mais suave e morena, com o melhor cheiro que pudesse encontrar. Com o sorriso mais verdadeiro, daqueles que ao bater o olho em cima desponta a reciprocidade do ato. Pensei que em alguma coisa ela poderia perder pra uma outra mulher. 

Então pensei em outra mulher... com as mais belas curvas. Com sua pele branca e cabelos dourados. Com lindos olhos azuis que fazem se perder na imensidão daquele olhar. Mas também pensei que em alguma coisa ela poderia perder pra outra mulher.

Daí pensei naquela mulher carinhosa. Que adorava ficar junto e cozinhava belas sobremesas. Que usava as palavras certas para os piores momentos, que acalentava o choro, que sofria suas dores e que tinha a voz suave, na qual o tom encaixava perfeitamente no seu.

Então voltei a pensar na primeira mulher. 

E pensei na fidelidade.

Então, conclui que o desejo nada mais é de conseguir aquilo que não se tem, e quando se alcança, sempre haverá outro desejo. Não adianta apenas pegar o pote no fim do arco iris, por que sempre haverá outro arco iris para seguir. Porém, a questão é ser fiel. Ao pote? Ao aro iris? Ao ouro? Ou apenas o desejo de desejar algo?

Ser fiel, não simplesmente negar a existência de que há situações melhores no lado. É reconhecer essas situações. Não é comparar a grama do vizinho do lado com a sua. Mas na verdade é se orgulhar da sua grama.

Confrontei o ser fiel. Por que? Pra que? 

Conclui. Não para apenas dizer que sou. Não por obrigação. Não por que é falta de ética. Mas por orgulho de ser. 

Fidelidade confronta o desejo. Constância confronta o Inconstante. Então, não é questão de escolha. É ser ou não ser. Optar pela variação ou pela estabilidade. Falta de arriscar? Não! Desejo de acertar. Então, ser fiel, constante, acertar... 

Por que não importa os sorrisos que te dão, o que importa é o que você olha.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Temores.

             Enfrentar o passado as vezes não é tão fácil quanto se parece. O passado esconde coisas que realmente não precisam voltar ao presente. Não precisam serem revividas e nem muito menos lembradas. Porém as vezes do nada pode nos voltar lá do fundo um sentimento ruim ou bom, sobre um determinado assunto. Um sentimento de perdão ou falta de le que pode comprometer todo seu presente e futuro.

           As vezes os mortos devem ficar com os mortos. Porém sentimentos mortos podem ser bem mais prejudiciais ao presente do que todo o futuro. Sentimento que foram escondidos num passado por erros, por falhas, por até mesmo falta de maturidade. Sentimentos que fazem ver e rever que só os pertence a você. Que ninguém mais deseja saber. Porém, o paradoxo de errar no presente e depois contabilizar um erro ainda mais no passado, pode ser mais constante que as falhas antigas.

              A diferença em e viver em dois mundos sendo um antes e depois dos fatos que aconteceram é o que realmente definem nosso ser. Escolhas a cada dia tomadas de maneira erradas podem te edificar e ao mesmo tempo podem te fazer perder. Uma sinuca de bico desejar perder no atual presente apostando no amadurecimento do futuro. A única coisa que se dá pra ter certeza é a morte, e antes dela não saber se a coragem pra questionar pessoas, responder questionamentos, repudiar respostas e expressar repudio, pode ser sufocante no dia a dia.

               Se deparar com a situação de reviver tormentos passados, reviver situações constrangedoras, reviver até o que já foi esquecido pode ser devastador para todo o meio. Pode ser até o contrário, ou pode ser os dois.

             O fato é que o passado gera dúvidas que cada escolhe se são melhores sem esclarecimentos ou se realmente necessitam de ter clareza nisso. O passado fica no passado ou pode ser mudado? Errar é humano, persistir no erro é ter a mesma idade. Amadurecer. Amadureceu. Amadurecemos. E a única coisa que sobra é que não se sobrou nada.

sábado, 20 de dezembro de 2014

Momento

Todos temos diferentes momentos na nossa vida. Momento de dor, de mágoas, de tristeza de alegrias e momentos que não se sabe qual é o momento que se passa. Nesse momento, descrevo o momento do “foda-se, estou feliz”. Um momento onde não há estresse maior do que pensar em se estressar com algo. Um momento em que todos deveriam experimentar um pouco e ver o quão somos prisioneiros de uma sociedade onde a futilidade entra cada vez mais pela porta da tela. Seja do computador ou da televisão.
Estou num momento onde só ligo a Tv, pra poder assistir jogos de basquete e futebol. E nada mais. As notícias sempre as mesmas, de corrupção a morte entre família. De ataques terroristas a futilidades do Tv Fama. Começo a pensar que muitos da sociedade estão morrendo sufocados pela própria sociedade. Onde estipulam falsas verdades de vida. Onde dizem que você de fato tem de casar um dia e encontrar a pessoa amada. Onde o celular da vez é Ione e se não tiver esse você não ostenta.
Vejo amigos se perderam em meio a festas e esquecer das amizades. Das idas a praias, do jogar bola na rua, da prisão mundana seja do sexo oposto ou seja dos demais prazeres da vida. Vejo pessoas perderem a alegria da juventude, assimilando compromissos, esquecendo das alegrias e dos momentos em que jogar tudo pro alto pode ser a melhor opção de todas.
Vejo redes de notícias onde fotos tem necessidades de serem postada, pra aumento do ego, pra demonstrar presença em eventos, pra adocicar ainda mais a alma carente e se perdem as fotos que serviam apenas para registrar o momento. Pais que expõem seus filhos pra muitos estranhos e não sabem onde as fotos param. Comentários desnecessário como esse meu texto agora, onde metade que leu não liga pra o mesmo e a outra metade acha ridículo.
A sociedade vem morrendo a cada dia que passa não pela falta de educação, mazela educação errada que vem passando de pais pra filho. Onde a criança não branca de bola ou corre na areia, apenas segura o mouse do p.c. e joga com o outro amigo longe. Uma sociedade onde a preguiça toma de conta de todos, e aqueles que se sobressaem nesse meio, são taxados de intelectuais babacas, ou até mesmo idiotas ou lesados.
Onde o funk ou outros ritmos são considerados superiores a interpretação de letras. Infelizmente estamos morrendo e esquecendo o passado que era bom. Acho que seria a hora certa de pensarem mais na vida. 

Quebrar os estereótipos da sociedade, da religião e da cultura. Postar menos e conversar mais. E lembrar que os momentos que você compartilha com os seus não são necessários pra outros. Esta é a sociedade mais fútil que vejo nos meus últimos 23 anos... e cada vez mais o nojo da mesma.

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Passo a Frente

Dizem que a vida a dois não é pra um... Dizem que é preciso saber viver com o outro e viver para o outro ser feliz. Mas se não você não for feliz, isso é possível de acontecer? Pode ser que as coisas se moldem e tudo não se passe de um comodismo imposto pela vivência. Ou até mesmo o costume de deixar o costume tomar de conta. Ou o desejo que deixa de ser aparente e começa a se esconder atrás dos achismos do corpo.

Na verdade que esperar que o pensamento do outro já seja conhecido é o que torna tudo isso difícil. Dificil mesmo é quando começa a pensar isso. Ou até mesmo quando não se pensa nisso. Se distancia o pensamento de tudo que faça lembrar o caso e você por impulso joga todo e qualquer memória pra o lugar mais distante que conheça. Por quê? Simples, por que não é bom lembrar.

Colocar seus propósitos a frente do outro é a primeira prova de que você não está preparado pra seguir o proximo passo. Mantenha-se na mudança de status de relacionamento do facebook e espere que o tempo passe. Espere que todos questionem e que todos pressionem. E por fim realize-se. Isso é o que importe.

O que não se pode dizer é que está dispostos a atravessar os mares do mundo sem saber nadar. Loucura demais não é bem vinda ao ramo. E de menos também não. É o principio da bem estar, nada de mais ou de menos funciona. Entregar-se é necessário para o futuro. Mas isso é válido dependendo do futuro. A lógica diz que 1 +1 = 2. Eu digo que 1 + 1 = Coragem, Certeza, Confiança, Vontade, Esperança... 1.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Saindo do Pause

As vezes pensamos na incessante vontade ser outro alguém. Outro alguém para agir em momentos diferentes de maneira diferente ao que não queremos ser. Ficamos presos nos imaginando o que acontecera naquele dia de chuva ou de páscoa se as coisas não fossem tão contraditórias. Ou ficamos pensando se o como agimos hoje seria valido para aquela época que passou.

Esperamos constantemente uma terceira segunda chance para levar as coisas de um jeito sério ou até mais livre do que aconteceu. Podemos ser prisioneiros eternos das vontades que nos cercam, ou podemos ser prisioneiros eternos do que realmente nos sustenta. O foco é que sempre seremos prisioneiros de algo, seja por fé, amor, religião ou simplesmente necessidade.

Acha-se a felicidade quando descobre a liberdade das coisas e enquanto não soube oferecer a mesma liberdade aos alheios, seremos sempre prisioneiros. Acha-se a felicidade das coisas simples e puras, porém as mesmas podem causar uma liberdade ilusória nos prendendo a ambas. Liberta-se aquele que consegue esquecer ou que consegue superar a algo. 

Supera-se, resistindo ao cotidiano alheio ou tentando esquecer o mesmo, porém sempre vem a tona a sensação de que podera ser diferente. Enfrenta-se a questão de pode ser diferente e querer ser, o que torna um paradoxo de extrema de querer ser ou poder ser ou tentar ser. 

Vemos que o sentimento de tentar de novo pode ser mais desgastante que a primeira vez. E o jogo não se porta como vídeo game de várias vidas para várias fases. Aqui é uma vida para várias fases e o game over é constante. Explode-se em sentimentos ou tentativa deles, quando a insegurança, a inexperiência e os tais princípios adquiridos em tantos meses de vida passam a frente do alheio. Exibe-se que é necessário doar-se e etc, porém ninguém doa pensamento. E então chegamos as mentiras e as tragédias. As decepções e as desilusões. 

Findamos então, presos a insegurança e quando não estamos a essa, findamos presos ao arrependimento e logo ficamos em mais um paradoxo. Uma espécie de Looper de pensamentos onde de nunca, provavelmente estaremos livres. E logo, passa-se vida, tempo, amores, casas, e casais.