sábado, 11 de fevereiro de 2012

"Você pode ir na Janela"

Os amores podem passar e os dias continuarem a correr. Porém não nos cabe a deslocar a Reta de Ninguém, muito menos deixar que a nossa seja deslocada. Talvez a grande estratégia das coisas darem certas  não é a vontade, não é o sentimento, não o querer, não é o amor, mas sim o Foco. Queremos, amamos, sentimos, mas pouco focamos e quando focamos deixamos claro que não é em algo que nos estimule ao futuro feliz e sim ao que seja ruim. 

Talvez a necessidade de poesia venha fluir hoje e as palavras saiam mais encantadas e mais demasiantes aos anteriores. Talvez a música venha fluir e mostrar que as necessidades as vezes não se fazem só de melodias e letras, mas também de quem ouve. E se houve alguém que te ouviu dizer que as coisas não dariam certas, o foco fez tudo se envaidecer ao ponto de enfeitar-se pra tais carnavais da vida, mas pera aí... carnavais só restam máscaras.

Porém a estrela nunca deveria ser afastada ou desviada, talvez você possa ir na janela se amorenar e também possa tostar ao ponto de focar tanto em algo e esquecer de que tudo não acontece da maneira que se espera. E sua tal atitude involuntária venha a transparecer com tanta arrogância que se ponha a cegar os sentimentos, amores, e quereres. Foco destrói. Foco demais embaça. Foco de menos cega. Foco no ponto trás noção.

Porém há que ache interpretar julgar e vice versa. Porém a quem ache terrorismo coisa certa. E não que vá deixar, e não se vá a deixar-se. Mas que se leve e de maneira delicada se pondere. Por que na mesma imagem se pode ver e cegar. Tanto atrás como na frente. Tanto como deixar que o que vem na frente impeça a construção da imagem que vem atrás, mas claro que tal imagem seja tão pequena que nem o zoom mais potente poderia propiciar tal visão. 

Foco, zoom, nos parâmetros certos tornam as coisas agradáveis. Nos parâmetros certos, se conseguir interpretar, podem esclarecer que a poesia não fala do óbvio, mas sempre fala do amor e do sentimento. Então, logo, me contradigo e digo que o sentimento é que nos faz focar em algo. Por que alguém me disse que nada se deve levar com a barriga e nada se deve fazer por fazer. 

Porém a tantos fazeres com esperança, que a fome mundial passa desapercebida ou passa percebida e nos focamos lá onde não dá pra enxergar. Por você agradecer a Deus por compartilhamento, mas provavelmente cumprir os atos não. E há que sem seja hipócrita a me chamar de hipócrita, perceba que ciclo vicioso. Perceba que quanto mais duro a cabeça, menor o que se tem dentro pra conseguir resistir.

Porém a poesia é arte que aperta o dedo de quem anda descalço. O Amor é morte da vida de que não se ama. E o sentimento é certeza de viver em algo que se tem valor. Pouco ou muito. E aquilo que prende na garganta solta-se como ar, em formas de palavras e em forma de vento que se vai com o próprio, mas que leva em peso de pena tudo que pensa no peito. E tudo que pensa que se cansou de pensar um dia volta, mas quando volta, vem voando carregado de falta de sentido, ou seria nós que estamos com espaço vago demais dentro do peito e da mente que acaba não dando mais o valor que devia ter. Ou será que sempre não se teve valor?

E assim caminha o sentir. Assim caminho ao sentir. E gosto disso. E que me inspire por conversa ou que pire por falta delas. Mas que sentir seja pouco ou muito pra que se possa mostrar tal valor. E mostrar que tudo se supera, com muito ou pouco tempo.

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