terça-feira, 29 de novembro de 2011

Bocas Pra o Mundo

Sim, temos bocas capazes de derrubar poderes, de trair líderes, de conquistar amores, de reunir rancor, de estimular a fúria, de desiludir corações, de pedir perdões, de aceitar perdões, de perder sentidos, de perder palavras, de fazer ruídos, de acabar a guerra e de trazer a paz.

As vezes temos nossos conceitos formados ao ponto de achar que abrir mão dos próprios seja errado. Que isso nos dê a perda da identidade. Porém um indivíduo mal formado geralmente é excluído da sociedade. A dúvida é saber o que é essa mal formação. É o ouvir música vulgar? É o usar de drogas? Infelizmente o primeiro a julgar é o primeiro a dizer que não é preconceituoso. É a história de quando alguém fala: Nada contra, só não quero perto de mim.

As bocas deveriam ser medidas em proporção ao cérebro, assim quem sabe teria mais gente muda do que sem noção no mundo. Existiriam talvez aqueles que aprendessem a ouvir o outro. Por outro lado algumas pessoas não precisam de bocas, mas sim de ouvidos. Isso, pra ao menos tentar ouvir o que os próprios falam, assim consequentemente calariam as bocas. Seria um mundo diferente.

Infelizmente (eu não queria usar essa palavra em algum post) estamos repletos de pessoas que nos dizem o que é certo e mais que isso dizemos a outras pessoas o que é certo e vamos perdendo o que de fato nasce conosco. Vamos nos dando ouvidos a firmezas alheias e acabamos perdendo as bases nossas. Ou seja, a firmeza alheia estraga a nossa firmeza.

Infelizmente (de novo) não abrimos os olhos para o caráter e ficamos presos naquela coisa de sempre que a sociedade diz que é legal ( a moda agora é o tal do Gustavo Lima, né?). Infelizmente somos ainda um tanto manipulados e ficamos fechadinhos nas nossas redes sociais ouvindo músicas que a mídia impõe por moda, não por gosto.

Por que deitar na BR é uma forma bem civilizada e educada (sim, são coisas distintas aparentemente) de desejar aquela pessoa que a pouco tempo você morria de chamar de 'amor'. Acho que sou insensível. Ou seco. Ou simplesmente ciente demais. Nossas bocas...

Nossas bocas são capazes de criar mundos assim como destruí-los. São capazes de conjugar verbos, mas por elas só não conjuga estado civil. São capazes de conquistar princesas, mas os dragões não entendem essa língua. Nossas bocas são capazes de vaiar Roma, mas não de tirar o Imperador. Nossas bocas são capazes de falar os erros e falhas alheios, mas aparentemente não são de achar os nossos.

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